sexta-feira, 25 de março de 2016

Mudanças

A Heidi, depois de um ano e meio, com 10000km, chegou a hora de fazer alguns upgrades, na verdade uma manutenção de rotina. Minha companheira de aventuras merece ser bem cuidada.

 Originalmente ela tinha um pedivela Shimano 395, um da linha Acera, com 44/32/22 dentes e comprimento de 175mm, que combinado com um cassete 11-34 me rendia uma boa velocidade final, e com essa relação força na perna é mais importante para poder manter ou ganhar velocidade.

 Depois de um tempo usando as rodas gigantes, a Heidi é uma 29ER, percebi que se faz muita força para subir lombas e que não me serviria para os propósitos que queria, e como já conheço a minha forma de pedalar e com conhecimentos sobre Rotações e Torque, resolvi experimentar mudar o pedivela para 40/30/22, ainda com 175mm de comprimento e o cassete mudei para 12-36.

 Essas mudanças me fizeram perder velocidade final, o que realmente ocorreu, porém a velocidade média aumentou um pouco mais, porque a cada pedalada a força aplicada é melhor aproveitada no giro da roda. A relação ficou mais "cardíaca", fazendo com que mudasse minha respiração e também o trabalho cardíaco. Nas primeiras pedaladas senti isso, o que fazia cansar mais facilmente até o organismo se acostumar com a nova forma de pedalar. 

 Resultado dessas mudanças foi que para retomadas de velocidades após realizar curvas ficou mais rápida, as subidas se tornaram mais suaves, o que fez com que no final das contas a velocidade média torne-se um pouco maior. 

 Dica que dou para quem quer mudar sua 29ER é que tenha em mente o que quer de sua bicicleta, como eu, que abri mão da velocidade máxima maior e grandes velocidades em descidas, para uma bicicleta que torne as minhas subidas mais suaves, sendo mais fáceis de serem superadas, como foi o caso.

 A Heidi na estrada tem rendido bem com essa nova configuração, final de 2015, realizei uma pequena viagem para Região das Hortências e parte dos Aparados da Serra, e foi bem melhor o rendimento dela nas subidas. Satisfeito com os resultados. Tiago.

sábado, 23 de maio de 2015

Se uma bicicleta para...

Hoje estava indo mais uma vez para Porto Alegre, no caminho que geral,ente faço. Geralmente pego trânsito complicado em Canoas, dependendo do horário e nas imediações do Aeroporto de Porto Alegre.

Hoje foi um pouco diferente, estou acostumado a ver a Free-way congestionada, mas dessa vez não , peguei um congestionamento no acesso da Guilherme Shell a Av. dos Estados, nunca tinha pego. Por se tratar do acesso de uma rua a outra, cruzando a BR-290 e a Linha do Trensurb, não deixa muito espaço para uma fila dupla com corredores a direita, esquerda e o meio.

Entrei em meio aos veículos motorizados, procurando espaço para passar, até que chegou um momento que não consegui mais avançar e fiquei preso no congestionamento por uns minutos até ter espaço novamente.

Enquanto esperava o tempo passar, até ter a oportunidade de avançar, motoqueiros se juntaram onde um comentou:

"Se uma bicicleta está parada por não conseguir passar é porque está muito complicado mesmo."

Logo depois consegui espaço e fui avançando no meio dos veículos todos parados. Realmente estava complicado desde a divisa entre Canoas e Porto Alegre até o acesso da Terceira Perimetral, fazia muito tempo que não via um trânsito na capital, na chegada da cidade tão parado como hoje. Estou acostumado com o movimento, mas parado como hoje eu não tinha visto. Só queria saber o motivo da complicação hoje.

Bom final de semana a todos.

Tiago.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Morro dos Cavalos

Morro dos Cavalos, talvez poucos sabiam onde fica, mas nela tive experiências com fortes emoções agora em 2014. Quem vai do Rio Grande do Sul para Florianópolis pela BR-101 certamente passou por esse morro, é o trecho de subida e descida entre a Praia da Pinheira e a Enseada do Brito.

Trecho crítico do Morro dos Cavalos mostrado no mapa abaixo, em qualquer um dos sentidos.

Em 2014 não seria a primeira vez que passaria por tal trecho da estrada, já tinha passado no ano de 2012, quando voltava de Balneário Camboriú/SC, tinha passado dois dias em Santo Amaro da Imperatriz. Já conhecia a fama, sabia que dependendo da chuva há queda de barreira e por aí vai.

BR-101 bloqueada no trecho
A BR-101 estava sendo duplicada, sendo boa parte dela em pista dupla, no ano de 2012, um dos pouco trechos não duplicados era esse. Lembro que fui atento pelo acostamento até onde pude, quando começou a subida, porém havia a terceira pista, fazendo com que o acostamento no sentido sul desaparece. Observei o outro lado e constatei que havia acostamento, atravessei a via e continuei a subida na contramão pelo acostamento, por uns 500m quando surgiu um guard-rail e seria perigoso subir por ali. Desci da bicicleta e fui para um trilho ao lado de fora da via, paralelo ao guard-rail havia um trilho de pedestres, onde conclui a subida. No topo havia uma passarela e pude atravessar para o outro lado para realizar a descida. O trecho de descida fiquei preocupado por ser pista simples e sem acostamento, a terceira pista agora estava do outro lado da via. Dessa vez para minha sorte, não desceu ninguém durante os 2km de declive. Enfim só no final, depois da curva passou uma carreta por mim.

Passados quase dois anos, não estava pensando em passar por tal trecho, devido a algumas circunstâncias da vida, a Crisholm foi passar dois meses em Santa Catarina, para facilitar meu descolamento por São José e Florianópolis. Como a vida nos trás surpresas, passada a tempestade, tinha que trazer de volta a bicicleta, e como bom ciclista, a melhor forma seria pedalando. Minha ideia inicial era partir de São José, ir a Urubici para descer a Serra do Corvo Branco e assim desviar do Morro dos Cavalos, o qual já tinha visto que estava duplicado e com acostamento restrito além de uma mureta separando os dois sentidos da via e em viagem solo. Conversando com uma amiga, ela estaria em Santa Catarina no mesmo período, combinamos de voltar juntos e ainda com o trajeto programado. Até que ela ficou sabendo que ficaria em Itapema, o que nos obrigou a mudar o roteiro, deixando de ser Serra Catarinense para Litoral Catarinense.

Via Google Earth - antes de duplicarem o trecho
Com essa mudança, passar pelo Morro dos Cavalos, agora em janeiro de 2014, era quase que inevitável. Nas semanas que se sucederam a viagem entre Itapema e a Guarda do Embaú, fiquei analisando pelo Google Earth e os Mapas do Strava, se havia alguma rota alternativa. Até encontrei, desviando por dentro da Enseada do Brito, mas percorreria um trecho de aproximadamente 1km na contra mão bem no meio da subida do morro, até a passarela. Depois na descida, logo no inicio da descida, bem na primeira curva, há uma saída que passa no meio de uma reserva indígena, uma estrada de terra, bem tranquila de se percorrer, sem a necessidade de muita técnica de trilha.

Dessa vez já sabia o que me esperava e já tinha previsto uma fuga da descida dos caminhões, ônibus e carros, porém a subida seria complicada, ou passávamos pela Enseada do Brito e entravamos na BR-101 pela contramão (algo que na atual estrada é inviável fazer), ou subíamos no mesmo sentido da via, conforme CTB manda. Percorremos o trecho da BR-101, fazendo a subida entre o guard-rail e as rodas dos caminhões bitrem ao nosso lado.

Antes de começar a subir, parei no acostamento, para ver se o espaço entre o guard-rail e a parede de pedra comportavam as bicicletas e uma pessoa empurrando. Vi que não seria possível subir por ali. Subida com fortes emoções e muitos caminhões. Uma das minhas preocupações dessa vez era o dia da semana a fazer perte do trecho e o horário. Foi em um domingo, no meio da tarde, bom por alguns motivos: I) movimento de caminhões é intenso na rodovia, a princípio no domingo deverá ser menor; II) ainda era cedo para o pessoal voltar do norte para sul, ou seja, o transito de veículos deveria ser menos intenso.

Descida do desvio do Morro dos Cavalos
Tenho bem viva nas minhas memórias o espaço que tinha, de ver as rodas dos caminhões passando a uns 20cm do bar-end e estando junto da proteção da pista. Da instabilidade da magrela, por estar com alforges, para efetuar a subida, mesmo não sendo inclinada, o trafego de veículo por aí é intenso. Agradeci a Deus quando cheguei no topo e paramos para relaxar e continuar o trecho final da viagem. Agora sabia que teria mais uns 500m, descendo até pegar o desvio. Antes de entrar no desvio há uma placa indicando que a descida pela BR-101 é um trecho sujeito a tombamento e tem extensão de 2km.

Chuva chegando. Região próxima ao rio onde pessoas
aproveitam para se refrescar no verão.
O desvio é tranquilo, só não é aconselhado a fazer com bicicleta de estrada (speed) ou pneus finos demais. Logo depois de sair da estrada tem uma descida curva acentuada de 180 graus, colocando em sentido norte, mas logo vira novamente 180 graus e volta ao sentido sul. São 7km o desvio, o que aumenta em apenas 3km a viagem, mas vale a pena ver novas paisagens, passando por meio de uma reserva indígena. Pelo que percebi, durante o verão, nos finais de semana, muita gente vai tomar banho no rio que há nesse caminho, na tentativa de fugir das agitações das badaladas praias da região.




Mapa do desvio alternativo no sentido norte-sul, evitando a descida de 2km, por estrada de terra, passando pela reserva indígena.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Circuito das Cascatas e Montanhas - I

logo do Circuito das Cascatas e Montanhas
fonte: http://cascatasemontanhas.com.br/
Em agosto de 2014 foi lançado na o Circuito das Cascatas e Montanhas (CCM). Dei uma olhada no site, conferindo a altimetria e a quilometragem total do percurso além de uma boa análise no roteiro sugerido para ter noção de como é o caminho. Enquanto isso os organizadores iam alimentando a página do Circuito no Facebook com fotos.

Bem-vindo a Rolante/RS 
Já tinha feito uma cicloviagem para Rolante ano passado, e fiquei feliz pelo potencial turístico da região, próximo de casa e pouco badalado como outros lugares mais tradicionais. Então era apenas uma questão de acertar a agenda e pegar a estrada para explorar o lugar no roteiro autoguiado. Durante os meses de preparação, acertei em fazer a viagem com outro ciclista de Esteio, pois estaria em férias no mesmo período que eu. Olhando o site e pesquisando na web, vendo outros lugares de pouso para ficar, descobri que em Rolante, o hotel do centro está fechado para reformas, o que forçou a modificar brevemente o roteiro, mas igual podemos aproveitar bem o caminho. Aqui fica uma dica importante, bom entrar em contato com as pousadas para fazer reserva, pois pode não haver vagas nelas, ou ainda ser o único hospede.

Placa informativa do CCM
Saindo de Esteio/RS, fomos via Lomba Grande e ERS-239 até a cidade de Riozinho, para ficar hospedado na Pousada do Conduto, era para ficarmos em Rolante, mas lembra do hotel? Tivemos que fazer esse modificação para se acomodar melhor, e com isso deixar para outra oportunidade fazer os 2/3 iniciais do circuito, já que percorremos 122km no primeiro dia. Não tenho motivo para descrever a estrada por já ter feito aqui nesse post.

Chegando em Riozinho, fomos atrás do Camping Pousada Conduto, que conta com uma área de camping e uns oito quartos com cama de casal. Não cheguei a me informar do valor do camping, mas os comodos saem por R$ 50,00 por pessoa, com café da manhã, que é acertado o horário com a proprietária. O não é nenhum desjejum de hotel cinco estrela, mas vale a pena.


Para quem estiver fazendo o CCM, e quiser aproveitar um pouco a cidade de Riozinho, é uma boa pedida ficar no Conduto, pelas informações dos moradores do local, há cascatas interessantes de serem visitadas rio acima além de ir dar uma olhada no Aqueduto que existe, que conduzia a água do rio até o núcleo urbano, por isso a região se chama "Conduto". Ele se localiza na última rua a esquerda antes de chegar no asfalto em Riozinho, então só seguir até o final para chegar no camping.

Final de descida para
Cascata Chuvisqueiro
Se optar por isso, não terá completado a primeira etapa do circuito, deixando para dia seguinte o terço final da etapa 1 e ficará mais "pesado" o segundo dia. 

Passou a noite, dia seguinte com as bicicletas prontas para realizar o trecho entre Riozinho e Boa Esperança, o nosso dia de maior altimetria acumulada, por causa de duas subidas íngremes. Saindo da cidade o caminho segue o curso da ERS-239, por mais uns 5km, sendo já de saída subida com uma inclinação considerável em asfalto, que acaba em breve,  quando termina a região central da cidade. Depois só irá ver asfalto novamente na terceira etapa, próximo a São Francisco de Paula.

Esse primeiro trecho, percorremos uma distância aproximada de 18km, até chegar a Pousada Três Pinheiros, que fica ao final da primeira etapa. A hospedagem aqui tem que ser feita com reserva antecipada, já que basicamente é frequentada por cicloturistas, para que os proprietários possam melhor atender e até mesmo pelo número de vagas. Não ficamos aqui, apenas conversamos e pegamos água, apesar do dia nublado o dia estava abafado.

Cascata do Chuvisqueiro
Segundo o Senhor Darcy, pegaríamos seis quilômetros de descida, em meio a cascalho, terra e mato, ou seja seria uma trilha, para quem não está acostumado um desafio grande, e para quem está acostumado também,  devido ao uso de alforges. A durante a descida paramos em alguns locais para admirar a paisagem que é sensacional.

Após a descida chegamos ao acesso da Cascata do Chuvisqueiro, uma bela cascata. Seguindo o caminho,  cruza-se a Barragem e ficamos próximo ao acesso da Cascata da Andorinha, onde o rio passa por dentro de uma gruta com a cascata ao fundo,  há uma trilha de acesso e o final geralmente se faz por dentro do rio. Aqui começa o trecho de subida, faltando aproximadamente 12km para Boa Esperança, onde termina a etapa dois do circuito. 

Três Quedas - Rolante/RS
Esse trecho conta com subidas B íngremes, o que exige uma boa relação de marchas e também moderação no esforço e não ter pressa, se não conseguir subir pedalando,  perca a vergonha e empurre a magrela, sem medo. A estrada apresenta boas condições,  possui pedras ao longo do caminho além da terra. Para se ter uma boa tração para vencer os aclives recomendo o uso de pneus com travas e a usar força das pernas ao invés de ficar no "giro" apenas. Ficar atento a sinalização e ao caminho é importante,  você está subindo e algumas placas ficaram confusas indicando que se deve descer. Efetuada a parte mais íngreme, um trecho que aproximada 10km, percorrerá um trecho curto de 3km até a Boa Esperança, com poucas subidas e uma descida final até a madereira, as indicações são para São Francisco de Paula,  enquanto nesse ponto é o acesso à Boa Esperança,  final da etapa dois, aqui há uma boa pousada,  que funciona por reserva, não servem janta, mas possuem uma boa cozinha e há um mercadinho próximo. Bom de chegar cedo e já acertar o horário do café da manhã para aproveitar a região vinícola de Rolante,  conhecida como Caminho das Pipas. Além de poder ir ver as duas cascatas da região.

--  continua --

Fotos do Circuitos Cascatas e Montanhas

Esteio/RS a Riozinho/RS - Dia 1


Riozinho/RS a Boa Esperança (Rolante/RS)


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Serra do Rio do Rastro ou Serra do 12

Serra do Rio do Rastro ou Serra do 12 é a um trecho da rodovia SC-390 entre as cidades de Lauro Müller e Bom Jardim da Serra, fazendo parte do Caminho dos Cânions e também o Caminho das Neves em SC.


Não vou escrever aqui como chegar a estrada e nem o que tem no caminho, isso me parece bem relatado. A cidade de Bom Jardim da Serra me aparentou ter uma boa estrutura hoteleira, assim com São Joaquim, onde ficamos hospedados na casa do Sr. José Durand, boa gente ele que nem conhecíamos até aquele dia 30/12/2013. Em Lauro Müller, ficamos em uma pousada em Guata, bem perto da Serra. O que me chamou a atenção e achei bem organizado, são os mapas existentes para auxílio ao turista, tanto da região como de cada cidade, indicando os pontos turísticos, pousadas, hotéis e camping.

Viajar para lá pode ser de várias formas, muitos vão de carro, moto ou excursão, mas com dois amigos, resolvemos ir viajar de bicicleta, pelos Campos de Cima da Serra ou Aparados da Serra, pegar estrada de terra. Como em muitos textos on-line que já li sobre viagens de bicicleta, não tem como descrever a sensação, quem nunca viajou assim não tem noção e nem a percepção de como é a estrada, por mais que falem que aproveitam a viagem, eu posso dizer que não.

Chegar lá na Rio do Rastro, descer ela e continuar a viagem era o nosso objetivo, fizemos o planejamento, dia a dia, o que levaremos, como será nossa hospedagem, qual o caminho que faremos, o que vamos comer, tudo isso faz parte da vida do cicloturista. Estar preparado para imprevistos e também estar pronto para mudar os planos, liberdade que temos na vida de ciclista viajante.

Como saímos de São Joaquim, pegamos um sobre e desce na estrada, curtindo as descidas e reclamando das subidas, normal, ainda mais com os 20kg de carga média que carregávamos. Afinal todo o material que levamos tem ir junto, roupas, material de higiene pessoal, material de cozinha, alimentos, barracas, material de mecânica da magrela e emergências.


Ao chegar lá, não tem fotos e vídeos que descreva o que se sente ao estar lá em cima, de poder sentar com amigos e tomar um mate lá de cima contemplando aquela obra da natureza. Somente estando lá pra ver e sentir como é. Não sei qual a sensação de chegar lá com veículo motorizado, mas de bicicleta ao chegar lá pensa: "chegamos! enfim! que vista! valeu a pena esses dias todos na estrada!"

Afinal pelo caminho que escolhemos foram cinco dias na estrada, subindo a serra, para o ponto mais alto do Rio Grande do Sul, o Pico Monte Negro (1409m) ao lado do Cânion Monte Negro, em São José dos Ausentes, e continuar até Bom Jardim da Serra. Depois de descer, desfrutamos de um belo show de fogos na virada do ano (2013/2014) em Guata, na igreja local, parece que a cidade toda estava lá.



Capacete cinza do Paulo, Luvas vermelhas da Marga e Bandana Mandíbula comigo.
E aquela "lua" nesse dia.

algumas fotos da viagem: Rio do Rastro - Férias 2013/2014 (1)

São Joaquim/SC a Lauro Muller/SC

sábado, 27 de dezembro de 2014

Sendo motivado a viajar novamente.

Depois dos fatos ocorridos no final de 2014,  tenho que trazer de volta a minha bicicleta Crisholm de volta para casa, por isso Spielberg, uma alusão ao filme E.T., e a parte de Serra e Mar seria outra viagem, pelos Aparados da Serra, mas mudei para a Serra Catarinense depois de uma conversa com uma amiga, onde resolvemos voltar juntos de São José/SC para Porto Alegre/RS, sendo uma viagem programada para 8 dias.

Será a primeira grande viagem dela com sua magrela. Como toda boa viagem com a bicicleta, vamos aos preparativos para ela. Enfim, viajar de bicicleta não é a mesma coisa como os outros meios de transportes. Uma viagem normal pouco nos preocupamos com o caminho e pensamos no destino, enquanto com a magrela, pensar no caminho é mais importante que o destino, pois é uma viagem de cicloturismo, curtir o caminho e explorar ele torna a viagem muito mais interessante.

Como não é a primeira vez que vou fazer uma viagem longa, uma coisa que aprendi  fazer o planejamento em duas etapas principais:
I) Ver o caminho como um todo, ou seja, prever o caminho todo da viagem desde a partida até o destino, para ter noção da altimetria e distância a ser percorrida.
II) Depois de ver o caminho todo, hora de “fatiar” ele, considerando a quilometragem e a distância a ser percorrida, assim fica mais fácil de saber onde vamos estar a cada dia.

abaixo temos um exemplo feito no Ride With GPS




Vantagem desse serviço é que podemos montar o caminho para estimar a distância e altimetria. Bom também que temos mapas on-line disponíveis para explorar um pouco e saber o que espera no caminho e saber se há postos de gasolina, lojas, mercados entre outras coisas interessantes para o suporte no caminho.

Outro fator a ser considerado é a questão da hospedagem, se vai apenas acampar, ficar apenas em pousadas ou fazer um misto. Acampar tem a vantagem dos gastos serem menores, ficar em pousadas tem a vantagem de não precisar levar a barraca junto. Acampando, vai ter que passar pelo processo diário, ou quase, de montar e desmontar a barraca, se ela não for muito boa, pode no caminho ter que comprar uma nova, além de demandar tempo. Vantagem de ficar em pousadas e que não precisará, a princípio, se preocupar com desjejum, a maioria das pousadas que eu fiquei ofereciam o desejum, problema de optar somente por pousadas/hotéis  um dia se dar mal e não ter onde ficar, por não haver vagas, não aceitarem bicicletas ou ainda pegar uma “perna” mais longa que o imaginado ou mesmo alguma emergência.

bagagem de três bicicletas.
Não vou falar o  que se deve levar em cada estilo, para no alongar o tópico. Além do mais, uma busca em um desses motor especializado (Google ou Bing) sobre o assunto, vai encontrar muita coisa sobre o que levar e não levar. Bom achar fóruns sobre o assunto e ler os relatos e ver o que acontece com os outros além de dar ideias no que levar ou não levar. Mas uma coisa é fato, a experiência adquirida a cada viagem vale mais que todas as leituras e também são elas que irão lhe dizer o que é necessários ou o que será supérfluo, de como melhor arrumar bagagem nos alforges e a dividir o peso neles e saber quais materiais que serão mais necessário na estrada e quais usar durante o pernoite.





Abraço a todos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Não mais dor

Davi foi o segundo rei do Israel antigo, foi segundo o coração de Deus, apesar de seus erros, e tinha o desejo de construir um templo para Deus.

Também na Bílbia, apesar de herói, aponta alguns erros dele, como o adultério com a mulher de Urias, como fruto desse ato, tiveram um filho, que veio a ficar enfermo. Ao saber do fato,  Davi se colocou de joelhos pra orar e jejuar a Deus para restabelecer a saúde da criança. E permaneceu assim por uma semana e seus servos e amigos estavam acompanhando de perto, relatado no livro de 2 Samuel 12:15-22

Passado esse período a criança veio a falecer, então as pessoas próximas a Davi ficaram com receio em avisar o rei sobre o fato, não o fizeram.  Porém ele ouviu os comentário e perguntou se a criança havia morrido, confirmaram então o fato.

Nesse momento Davi se levantou, foi ao tempo, adorou e ao voltar fez uma refeição. E as pessoas não entenderam porque ele fez aquilo,  pois deveria estar lamentando a morte, mas não.

Nas palavras dele,  Davi: "Enquanto o menino estava vivo,  eu jejuar e chorei,  porque o Senhor poderia ter pena de mim e não deixar que ele morresse.  Mas agora que está morto,  por que jejuar? (...) Um dia eu irei para o lugar onde ele está,  porém ele nunca voltará para mim." (2SM 12:22 NVI)

As palavras dele me trazem algumas certezas e motivações. Sei que meu pai amava a Deus e estava sempre em comunhão com Ele, disso me faz crer que o Caio, estará no céu quando Jesus voltar, ele acreditava e eu também acredito nisso. Davi faz o possível e o que estava ao seu alcance enquanto a criança estava com vida, enquanto havia esperança, nós aqui também fizemos de tudo que estava ao nosso alcance com o Caio, não temos que nos arrepender hoje de nada, mas sim de lembrar dele como ele era. Ele se foi e baseado na crença que tenho, assim como Davi, tenho motivação para permanecer junto a Deus para que quando Cristo voltar possa rever meu pai novamente.

A minha vida segue, estou vivo e tranquilo, lamentando a perda vou sentir saudades, mas vivemos no meio do pecado e não fomos preparados para essa separação. A vida não termina aqui, mas ela continua para os santos (separados) de Deus, daqueles que escolhem em seguir a Cristo, porque a sepultura é apenas uma transição, um lugar provisório até a Céu chegar.

Vamos alimentar nossa fé e esperança nisso, eu creio nisso e sei que em muito em breve vou estar com meus queridos no céu e espero não passar por essa morte. 

Como complemento segue o vídeo com o melhor quarteto de música sacra que conheço do Brasil, relatando um pouco do que creio.




MARANATA!
CRISTO VEM!