Morro dos Cavalos, talvez poucos sabiam onde fica, mas nela tive experiências com fortes emoções agora em 2014. Quem vai do Rio Grande do Sul para Florianópolis pela BR-101 certamente passou por esse morro, é o trecho de subida e descida entre a Praia da Pinheira e a Enseada do Brito.
Trecho crítico do Morro dos Cavalos mostrado no mapa abaixo, em qualquer um dos sentidos.
Trecho crítico do Morro dos Cavalos mostrado no mapa abaixo, em qualquer um dos sentidos.
Em 2014 não seria a primeira vez que passaria por tal trecho da estrada, já tinha passado no ano de 2012, quando voltava de Balneário Camboriú/SC, tinha passado dois dias em Santo Amaro da Imperatriz. Já conhecia a fama, sabia que dependendo da chuva há queda de barreira e por aí vai.
BR-101 bloqueada no trecho |
Passados quase dois anos, não estava pensando em passar por tal trecho, devido a algumas circunstâncias da vida, a Crisholm foi passar dois meses em Santa Catarina, para facilitar meu descolamento por São José e Florianópolis. Como a vida nos trás surpresas, passada a tempestade, tinha que trazer de volta a bicicleta, e como bom ciclista, a melhor forma seria pedalando. Minha ideia inicial era partir de São José, ir a Urubici para descer a Serra do Corvo Branco e assim desviar do Morro dos Cavalos, o qual já tinha visto que estava duplicado e com acostamento restrito além de uma mureta separando os dois sentidos da via e em viagem solo. Conversando com uma amiga, ela estaria em Santa Catarina no mesmo período, combinamos de voltar juntos e ainda com o trajeto programado. Até que ela ficou sabendo que ficaria em Itapema, o que nos obrigou a mudar o roteiro, deixando de ser Serra Catarinense para Litoral Catarinense.
Via Google Earth - antes de duplicarem o trecho |
Dessa vez já sabia o que me esperava e já tinha previsto uma fuga da descida dos caminhões, ônibus e carros, porém a subida seria complicada, ou passávamos pela Enseada do Brito e entravamos na BR-101 pela contramão (algo que na atual estrada é inviável fazer), ou subíamos no mesmo sentido da via, conforme CTB manda. Percorremos o trecho da BR-101, fazendo a subida entre o guard-rail e as rodas dos caminhões bitrem ao nosso lado.
Antes de começar a subir, parei no acostamento, para ver se o espaço entre o guard-rail e a parede de pedra comportavam as bicicletas e uma pessoa empurrando. Vi que não seria possível subir por ali. Subida com fortes emoções e muitos caminhões. Uma das minhas preocupações dessa vez era o dia da semana a fazer perte do trecho e o horário. Foi em um domingo, no meio da tarde, bom por alguns motivos: I) movimento de caminhões é intenso na rodovia, a princípio no domingo deverá ser menor; II) ainda era cedo para o pessoal voltar do norte para sul, ou seja, o transito de veículos deveria ser menos intenso.
Tenho bem viva nas minhas memórias o espaço que tinha, de ver as rodas dos caminhões passando a uns 20cm do bar-end e estando junto da proteção da pista. Da instabilidade da magrela, por estar com alforges, para efetuar a subida, mesmo não sendo inclinada, o trafego de veículo por aí é intenso. Agradeci a Deus quando cheguei no topo e paramos para relaxar e continuar o trecho final da viagem. Agora sabia que teria mais uns 500m, descendo até pegar o desvio. Antes de entrar no desvio há uma placa indicando que a descida pela BR-101 é um trecho sujeito a tombamento e tem extensão de 2km.
O desvio é tranquilo, só não é aconselhado a fazer com bicicleta de estrada (speed) ou pneus finos demais. Logo depois de sair da estrada tem uma descida curva acentuada de 180 graus, colocando em sentido norte, mas logo vira novamente 180 graus e volta ao sentido sul. São 7km o desvio, o que aumenta em apenas 3km a viagem, mas vale a pena ver novas paisagens, passando por meio de uma reserva indígena. Pelo que percebi, durante o verão, nos finais de semana, muita gente vai tomar banho no rio que há nesse caminho, na tentativa de fugir das agitações das badaladas praias da região.
Mapa do desvio alternativo no sentido norte-sul, evitando a descida de 2km, por estrada de terra, passando pela reserva indígena.
Antes de começar a subir, parei no acostamento, para ver se o espaço entre o guard-rail e a parede de pedra comportavam as bicicletas e uma pessoa empurrando. Vi que não seria possível subir por ali. Subida com fortes emoções e muitos caminhões. Uma das minhas preocupações dessa vez era o dia da semana a fazer perte do trecho e o horário. Foi em um domingo, no meio da tarde, bom por alguns motivos: I) movimento de caminhões é intenso na rodovia, a princípio no domingo deverá ser menor; II) ainda era cedo para o pessoal voltar do norte para sul, ou seja, o transito de veículos deveria ser menos intenso.
Descida do desvio do Morro dos Cavalos |
Chuva chegando. Região próxima ao rio onde pessoas aproveitam para se refrescar no verão. |
Mapa do desvio alternativo no sentido norte-sul, evitando a descida de 2km, por estrada de terra, passando pela reserva indígena.