sábado, 30 de novembro de 2013

Sábado

Enquanto isso, vou de trem.
Vejo muitas pessoas nele.
Gente comum,  gente estranha.
Me sinto um ET, por causa da Magrela.
Um cadeirante entra aninado e  comenta :
"Da licença! Assim a gente se ajeita"
E ainda ele completa: "de forma que se aperta".
Agora trem nem tão lotado
Vamos continuar a viagem

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Rising to the Sky...

Me desculpa pelo meu inglês do estilo "the book on the table" mas não resisti.

Pedalar é uma coisa interessante, todo mundo pensa que uma bicicleta é só um quadro com rodas, banco e uma relação e pronto, tem uma bicicleta para qualquer situação. Porém quando se mergulha um pouco nesse mundo se percebe que existem diversos nichos dentro do ciclismo.

Pórtico de Ivoti.
Um desses nichos é voltado para o turismo: O Cicloturismo. É uma modalidade de ciclismo em que não há competição, mas aproveitar o caminho da viagem até o seu destino observando a beleza do trajeto de uma forma diferenciada, ganhando uma nova perspectiva dos lugares onde se passa.

No último feriado (15/11/2013) combinei com um amigo de irmos a Vila Cristina, em Caxias do Sul. O caminho mais óbvio é seguir pela ERS-240/ERS-122 e depoisde  Bom Princípio pegar a RS-452 por mais uns 25km, totalizando um total de aproximadamente 75km de estrada quando  se parte da Estação Santo Afonso, em Novo Hamburgo, somente a ida.

Mas como bom cicloturista é bom achar caminhos alternativos. Escolhi serguir para Nova Petrópolis, cidade da região das Hortências, seguindo pela Rota Romântica, subindo um pedaço da BR-116.


Combinado de sair as 7h da manhã da Estação São Leopoldo, e seguimos pela Av. Mauá em São Leopoldo e depois em Novo Hamburgo fomos pela Primeiro de Março e Nações Unidas até a BR-116, quase já na entrada da ERS-239, na fronteira entre Novo Hamburgo e Estância Velha.

Teufelsloch - visão do mirante.
A primeira longa subida é leve, até a entrada de Ivoti a esquerda, a escolha desse caminho por dentro é que evita subidas longas demais além de ter uns 10km a menos do que sempre pela BR-116. Ainda nessa subida percebemos que seria tranquilo andar na estrada pelo baixo movimento nela, já que muitos estavam trancados indo para o litoral gaúcho e catarinense. Depois de entrar em Ivoti, uma paradinha na Lancheria do Gordo, bem na esquina com a Av. Presidente Lucena que segue de Estância Velha até Picada Café. Essa parada é boa de se fazer porque depois não se sabe o que se encontrará aberto no caminho, então é melhor abastecer aqui e depois seguir.

Ponte do Imperador
Depois de passar pelo centro de Ivoti tem um mirante , onde temos uma bela vista do morro que se tem que subir para Presidente Lucena, além de conseguir avistar a Ponte do Imperador na região chamada de "Teufelsloch", certamente tenha esse nome por ter sido um lugar de difícil acesso durante a sua colonização alemã.



Estilo Enxaimel
Na localidade da Ponte do Imperador, podemos observar algumas casas do estilo enxaimel, uma construção de madeira coberta por barro e pedra. Depois de curtir o lugar por uns poucos minutos, seguimos caminho pela estrada passando pelo centro de Presidente Lucena, depois de uma boa subida e uma descida descente. No centro da cidade, uma parada em um dos mercados da cidade, seguimos viagem com mais algumas subidas da VRS-865.

Voltamos BR-116, poupando 10km e uma mega-subida até o centro de Nova Petropolis.

Concentração para subida.


-- continua --


sábado, 5 de outubro de 2013

Santo Amaro

No Rio Grande do Sul há um pequeno vilarejo que um dia foi uma cidade: Santo Amaro, situada as margens do Rio Jacuí, pertencendo ao município de General Câmara desde 1939. O distrito já pertenceu a cidade de Triunfo (1809-1848) e Taquari (1849-1880) sendo que no ano de 1881 foi elevada a condição de município, talvez por isso muitos chamam ela de "Cidade de Santo Amaro".

Santo Amaro localiza-se aproximadamente a 100km de Porto Alegre as margens do rio Jacuí e foi uma cidade importante durante o século XVIII e XIX para abastecer os portugueses e também evitar o avanço dos espanhóis sobre o território português

Nunca tinha ido a cidade, mas já havia passado algumas vezes pela região ao participar de alguns Brevet como ciclista ou ajudando na organização da SAC. Sabia que a cidade história ficava por perto ao conversar com minha tia que tem casa em General Câmara. e faltava agora só decidir de ir lá para conhecer a cidade. Também olhando no Google Maps algumas estrada aqui do Rio Grande do Sul, fiquei com vontade de chegar em uma eclusa, já que sempre tinha estudado sobre elas há muito tempo atrás na escola, mas nunca tinha visto uma de perto e sei que há uma em Bom Retiro do Sul, no Rio Taquari (150km daqui de casa, aproximadamente), até que uma amiga me falou que em Santo Amaro tem também uma barragem-eclusa, conferi no maps e dá pra ver ela lá.

Plotino e Gabriela
Em um final de semana de fevereiro, um belo final de semana por sinal, me encontrei com dois amigos para pedalar, eles estavam indo para Guaíba, mas nesse final de semana eu já havia combinado com a parentela de ir para General Câmara. Nos encontramos bem cedinho em Porto Alegre, até chegar ponto de encontro, o terminal de ônibus da Cairú, tive que fazer um pedal de aquecimento, já que no horário não poderia pegar o Trensurb. Depois de passar pela "velha" ponte do Guaíba entramos de vez na estrada BR116/BR290 e passando pelas três pontes que no sentido capital-interior não tem acostamento, mas os motoristas respeitam bem os ciclistas por elas.

A primeira parada breve vou em Eldorado do Sul para o cafezinho esperto do Plotino, isso logo após passar as três pontes. Depois de boas risadas seguimos até o posto da PRF onde as duas rodovias se separam, eu segueria pela BR-290 mais uns 60km até meu destino e meus amigos pela BR-116, por mais uns 15km. Me despedi dos amigos e fui encarar os 18km retos e solitários da "duzentos é nojeta", não há muito que ver nessa estrada além de arrozais, nesse trecho tem apenas um único posto de gasolina e uma lanchonete logo depois do acesso da BR-116/BR-290.

E como de costume, no final tem o pedágio da Univias, parada obrigatória para pegar água, descansar um pouco e tomar um cafezinho novamente para encarar a RS-401 passando por Charqueadas São Jerônimo antes do destino final. Particularmente eu gosto dessa estrada, ela não é 100% plana, e te recepciona com uma breve sequência de pequenas subidas e descidas (3 ao todo) passando entre eucaliptos, deixando o visual mais agradável no meio dos arrozais.

ossos do ofício.
Antes de chegar a cidade, faltando uns 5km do Postaço, meu pneu traseiro achou alguma coisa no chão e passou a assoprar, que droga, uma parada para trocar pneu. Parei a magrela, soltei o freio, tirei a roda e vamos ao trabalho de trocar a câmara, maldita lâmina metálica no acostamento, aqui fica uma dica importane, procure a sombra mais próxima para fazer o serviço e que o local seja seguro.. Feita a troca seguimos a viagem, depois desse ponto, encontrei no caminho um companheiro do BRM de Vera Cruz, Marcelo, e no postaço o Cerutti com problemas no pneu. O Postaço é um posto de combustível próximo aos presídios, lá se encontra banheiros e uma boa lanchonete sendo uma alternativa para os viajantes.

dá pra ver qual a minha magrela.
food!
Quando cheguei em Charqueadas já era horário de almoço, poderia fazer um breve lanche, mas decidi almoçar em Charqueadas mesmo, já que me deteria na cidade um tempo a mais para ver o que mais a cidade tem para ver e curtir como cicloturista além de ser apenas um caminho a percorrer. Na cidade existe um bom restaurante com bicicletário, um clima agradável, bom atendimento e a comida é muito boa, tendo a opção de buffet livre e também por quilograma, Rangos e Tragos, situado em uma esquina

Depois de comer um pouco, fui explorar um pouco a cidade, que dizem não ter muito o que explorar, segundo os moradores, mas semanas antes conhecemos uma praia a beira do Rio Jacuí, não era propício para tomar banho, mas para admirar um pouco a paisagem e conversar vale a pena tirar um tempo, bastando seguir um pouco mais adiante a Av. Primeiro de Maio até a Rua José Rui de Ruiz, pegando a esquerda seguindo até a Estrada das Pedrinhas que é a terceira rua depois do campo de futebol (é uma estradinha de terra).

BRM200km - SAC - 02/09/2012
Seguindo depois para o meu destino, passei pela rua da prefeitura, a Rua José de Athanásio, para retornar a RS-401, já em um trecho bem mais calmo a alguns quilometros de São Jerônimo. Passando uns 10km do pórtico da cidade, chaga-se a sobre o Rio Jacuí, marco da divisa entre São Jerônimo e General Câmara, segundo alguns moradores nessa ponte foi gasto mais dinheiro que  necessário, coisas de nosso país. Passando pela ponte, logo a seguir fica a Prainha de General Câmara, onde se encontra a casa de meus parentes. Cheguei por volta das 14h.


Descansando um pouco dos primeiros 100km, aproveitei para arrumar a câmera furada, para a viagem de volta no dia seguinte. Depois de tirar os alforges, ficando apenas com um deles, enquanto o pessoal rumava para a Prainha, peguei a Olívia e segui para Santo Amaro, seriam 25km de estrada aproximadamente. Passando pela entrada da cidade são mais 18km até o distrito, só os últimos 6km são de estrada de chão. As poucas indicações sobre a cidade são propagandas da Pousada e Restaurante Coqueiro, tem duas na estrada, só seguir elas que chegará no destino.

Passei pela Lancheria Raios de Sol, ainda no asfalto, na RS-401, onde se pode avistar os trilhos da linha férrea, logo depois na subida se tem uma das saidas em direção ao rio, em calçamento de terra. Creio que em dias de chuva se tenha dificuldades de chegar até a cidade histórica.

Ainda a caminho é possível de se ver as torres de igreja situada na praça principal, servindo de guia para o viajante. As casas são do estilo Açoriano, sendo bem fácil de identificar elas apesar de muitas casas novas terem sido construídas. Já na praça da cidade com muitas árvores, pode-se ver que ela é cercada de casas tombadas pelo patrimônio histórico, porém lamento que a população não tem noção do valor das construções, não apenas a igreja, mas cada uma das casas. Eles poderiam explorar melhor o potencial turístico do vilarejo e, junto com outras cidades, Triunfo e Rio Pardo, ser uma nova rota turística a ser explorada em nosso estado.

Bela pintura da Igreja de Santo Amaro, com cores bem vivas. Provavelmente pintada para as festividades de Santo Amaro no mês de janeiro.




Voltando a cidade, há um mercadinho de esquina do lado oposto ao da igreja, pra abastecer com algumas comprar, e ainda uns dois ou três bares ao redor de toda a praça. Saindo do centrinho, não podemos de deixar de ir até a beira do rio, no caminho é possível passar pela antiga estação de trem, Estação Amarópolis, desativada, porém poderia servir muito bem como atração turística do local, como na cidade de Montenegro. Para se passar pela estação do trem, pega-se a rua da Pousada Coqueiro e desce até quase as margens do rio, bem na esquina há outro casarão que não tem como passar desapercebido por alguém, seguindo para a esquerda logo chega na estação do trem.Esse casarão na esquina poderia muito bem servir como outra pousada. Seguindo a rua até o final dela teremos o acesso a barragem-eclusa de Amarópolis. Ainda nessa rua conta com dois camping com preços bem acessíveis, pra quem gosta de acampar vale a pena pelo preço, principalmente. Um deles, a proprietária te recebe bem, tem água quente e ainda bastante espaço para acampar, com belas árvores e com uma prainha boa pra tomar banho.

Estação Férrea Amarópolis

Chegando na barragem o acesso a ela é bem tranquilo, os portões se encontram abertos e nenhum funcionário veio me interrogar sobre o que faria por lá, o que me assustou um pouco por ter um acesso tão fácil. Nesse dia outras pessoas estavam por lá. O horário de visitação é das 8h as 17h, eu sai depois disso e ainda vi mais umas pessoas chegando depois do horário. Passar uns momentos a beira do Jacuí valeu a pena. de um lado temos o rio alto e do outro baixo. Valeu a pena ter ido até lá. Não somente na eclusa, mas também para conhecer a cidade onde foi gravado o filme Um Certo Capitão Rodrigo, baseado na obra O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo.


Barragem-Eclusa Amarópolis

Voltando para a Prainha, quando saí não tinha a pretensão de chegar de volta a noite, mas não teve jeito, o pôr-do-sol me pegou na estrada, mas não perdi a oportunidade de apreciar ele na volta. Como sou um cara que tenta ser uma pessoa precavida, fui com meus faróis, já que as vezes ficamos mais tempo nos lugares e podemos voltar a noite.
Apreciando um espetáculo da natureza na beira da estrada.

Hoje tenho vontade de voltar a Santo Amaro para apreciar melhor a cidade e curtir mais tempo a beira do rio, mas por enquanto outras viagens me esperam.


sábado, 31 de agosto de 2013

O incrível Esteiense Voador

Sexta-feira a noite e preparando a Pausini para uma viagem curta durante o dia seguinte com um amigo de São Leopoldo para no domingo estar "Pelas Trilhas de Santo Antônio" da Trail Hunter, de Esteio. Tudo arrumadinho, check list ok, não esqueci de nada e fui dormir.

Acordando cedinho no dia seguinte, tomar um banho e um bom café para encarar os 100km de estrada até Santo Antônio da Patrulha via ERS-239/ERS-474 percorrendo todo o Vale dos Sinos em direção a nascente do Rio dos Sinos. Logo ao sair de casa, fui na Fabex Bike aqui em Esteio/RS e colocar a bomba nova.

Desci a 24 de Agosto, peguei a Fernando Ferrari, virei a Claret para pegar a Presidente Vargas e seguir para São Léo via Mauá. Ao passar a fronteira com Sapucaia do Sul, percorri 308m apenas quando na minha frente, surgindo da pista da esquerda sem dar o menor sinal um Astra Sedan cinza chumbo...

... ele me fechando com toda sua exuberância e eu seguindo, quando ele começou a manobra deveria estar somente a uns 3m do carro a uma velocidade de 25km/h propulsionadas pelas minhas pernas. Ele passando e eu cada vez mais próximo sem ter espaço e tempo para tentar alguma coisa como frear ou desviar ...

então ele quase concluindo a manobra arisca, o motorista "não me viu" (primeiro relato dele, eu me senti em uma catapulta com os pés presos nos pedais clip, e "desclipei" não sei como consegui me desprender da magrela, deixando de sermos um e nos tornando dois corpos separados, deslizei sobre o capo traseiro do belo sedan e a bike saiu rolando uns 7m e eu rolei ainda no asfalto por uns 4m.

Bem na esquina, uma revenda de automotores de um lado e do outro lado uma chapeação e pintura dos mesmo. Enquanto tentava me recompor, me sentindo parte do asfalto, preocupado comigo, tentado perceber onde eram as dores, vi que o meu joelho esquerdo estar faltando um bife e no direito um leve machucado. E um povo ao meu redor preocupado comigo, pessoas que nem sei quem eram, já outro carro parado com pisca alerta ligado e a Pausini sendo recolhida para a chapeação.

Nisso já tinha gente chamando a SAMU, o condutor do Astra apavorado com a ocorrência, e eu só com as dores da colisão e queda do voo, percebendo que não tinha nenhuma fratura grave, com os joelhos ralados apenas. Fomos parar no Hospital São Camilo em Esteio. O condutor do veículo me socorreu (milagre?)

No hospital, limpeza do ferimento mais grave e aguardar o Raio-X da cabeça, coluna e joelhos. Tudo ok, sem fratura ou lesão, dor mesmo só muscular por causa do choque com o veículo motorizado. Tudo certo comigo, sem a necessidade de levar pontos fui liberado para voltar para casa.

Nesse tempo, o motorista foi para o serviço, porém deixou o número do serviço e da casa dele para irmos buscar a Pausini (sniff, ela está no "hospital") e levarmos para fazer orçamento do que fosse necessário para mudar nela.

Eu ralei os joelhos e só não me ferrei mais por causa do capacete que quebrou uma parte, mas está inteiro. Percebi isso analisando bem o capacete e vi que uma das "barras" da parte de trás estavam quebradas. Soube que bati com a cabeça porque a parte plástica está com sinais de amassado. Já a minha bike Pausini, perda total da suspensão, devendo ser trocada. Quanto o Astra, além da lateral batida e o capo arranhado, teve ainda a calota lanhada e a sinaleira direita furada.

Agradeço a Deus por não ter quebrado nada e pelo motora ter me socorrido. E a viagem foi mais curta do que pensei: 3km!

Antes que perguntem: estou bem, me recuperando agora, com uma papelada em casa do ocorrido, fazendo os meus remendos. Estou conseguindo caminhar bem, apesar do joelho ralado, e com algumas dores musculares na região do pescoço pelo choque e queda.

Sei que um dia quando encontrar meu anjo da guarda, ele me dirá que dei trabalho a ele. Valeu parceiro.

Até mais.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Aros Novos e a manutenção.

Faz duas semanas que troquei a relação de uma das minhas bicicletas, a Olivia, depois de percorrer quase 12000km trocando apenas uma vez a corrente dela.

Em março desse ano quando fiz uma revisão nela fui alertado que o aro traseiro tinha um pequeno desvio do lado oposto da blocagem e não poderia deixar as sapatas de freio muito próxima do aro, bom sem problemas isso. Com essa notícia saberia que logo iria trocar as rodas, pelo menos o aro traseiro, a dificuldade era encontrar um aro igual com 28 furos.

Agora na troca da relação, o mecânico responsável da loja aqui, me falou que as bacias do cubos estavam começando a apresentar um desgaste, mas poderia rodar mais uns bons quilometros com eles ainda.

Bom com essa notícia, vamos a encomenda de aros Vzan Extreme e cubos Shimano Deore novos para fazer, mas sem pressa. Feita a encomenda, sem prazo para vir, mas dentro do prazo de usar a magrela até gastar as rodas, resolvi montar novas rodas mesmo assim. Adquiri os aros em outra loja e fiz novas rodas com cubos Shimano Alivio.




Prontas as rodas, vamos mudar então para não haver mais problemas e testar

antes de poder viajar novamente com a bike. Depois de tirar as rodas Bontragar, depois de rodar 10 000km, fui dar uma olhada neles, e qual não foi a surpresa: uma bela rachadura na parede interna do aro. Muito certo que essa rachadura foi a responsável pelo leve desvio da parede constatado lá em março, que com o tempo foi só aumentado, provelmente naquela época deveria ser pequena, mas hoje verificamos ela abrange cinco raios de uma roda de 28 furos.

 Hoje aprendi uma coisa importante, que muitos não fazem, ao trocar um pneu, ou mandar a bicicleta para a revisão, é bom dar uma olhada por baixo da fita de proteção e ver como está a parede interna para evitar problemas futuros.

No meu caso tive sorte de nunca acontecer nada, mas e vai dar chance para o azar? Eu fora.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

São Jerônimo


Há pouco mais de um ano tenho percorrido de bike em Brevets, fleche ou mesmo a passeio e turismo sempre passo por São Jerônimo, mas raramente passo por dentro da cidade, só o caminho da balsa, e por isso nunca vi algumas belezas da cidade. Já tinha feito um tur por Charqueadas, e não percebi muitas coisas interessantes, porém um excelente restaurante para ir com amigos, como já fui algumas vezes. 

 Em São Jerônimo, ao fazer um desvio, percebi que a cidade tem muito mais a oferecer do que outras aqui dessa região. Tive a impressão dela ser uma cidade calma e muito mais opções de restaurantes do que Charqueadas para um passeio dominical. Junto com a cidade de Triunfo, do outro lado do rio, é um belo passeio pela História. As duas cidades tem um conjunto de prédios dos tempos do Brasil Império em boas condições e preservados.
Fiquei com vontade de voltar a São Jerônimo, mas não apenas de passagem, mas conhecer um pouco mais da cidade.

 




quarta-feira, 24 de abril de 2013

Canions...

Na minha tentativa frustrada de chegar em Imbituba/SC para ver meus amigos, mas acidentes e quebras acontecem no meio do caminho, coisas que um ciclista deve esperar. Foi uma pena que não consegui.

Viajando pelos Campos de Cima da Serra, não fiquei muito por lá, mas pude contemplar a paisagem e fiquei com vontade de voltar, mas aprendi algumas coisas:

I) o tempo que está acostumado a percorrer nas estradas pela Região dos Vales (Caí, Sino e Paranhana) pode esquecer que na serra é diferente.
 Já tinha constato isso durante o BRM200km do Varzea Bikers.

II) Geralmente quando se desce muito por uma lomba, quase certo que tem um rio no caminho, e depois dele, muito provável que terá outra lomba, porém terá que subir.

III) Sempre esteja preparado para o Plano "Dane-se o plano A, vamos ver o que dá pra fazer", óbvio que com o que se tem a disposição.

No fim, cada pedalada sempre se aprende alguma coisa.

A paisagem do Campos de Cima da Serra é sensacional, vale a pena o passeio. 

A minha jornada começou arrumando a bagagem nos alforges e montando eles na bike, coisa fácil de fazer. Aí está a Magrela Pausini pronta para viajar.

Pausini off-road para subir a serra.




Fui com ela, usando pneus 26x2.00 de trava, porque iria encarar estrada de chão e também areia e terra até Imbituba. A escolha foi um par de pneus CST Cooperhead, por isso a Astro agora se chama Pausini Cooperhead.




Minha ideia original para viagem:
Dia 1 Partida - Esteio/Novo Hamburgo trecho feito com o Trensurb.
Dia 1 Na Estrada - Novo Hamburgo/Taquara/São Francisco de Paula
Dia 2 Na Estrada - São Francisco de Paula/Araranguá
Dia 3 Na Estrada - Araranguá/Laguna
Dia 4 Na Estrada - Laguna/Imbitubá

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Subida Sacana

Dias desses fui dar uma voltinha de bicicleta para São Francisco de Paula com o objetivo de chegar no litoral por caminhos alternativos.

Placa de boas vindas da RS-239
Uma boa pedalada saindo de Novo Hamburgo, aproveitei o serviço da Trensurb para ir até NH e almoçar por lá no Restaurante Vitória, onde sou um cliente vip.

Depois do almoço no referido restaurante, fui pegar a RS-239, velha conhecida no trecho entre Novo Hamburgo e Taquara.

Interessante dessa rodovia é uma das melhores nesse trecho e ela possui apenas um pedágio, e se não me engano o mais barato do estado. Chegando em Taquara, hora da pausa para um breve descanso e lanche para depois subir a serra Gaúcha pela ERS-020 (Rodovia Teixeirinha).

Sabia que iria subir e muito, esperava ser mais abrupta, mas não foi, porém os 40km que separam Taquara e São Francisco de Paula, dos quais 35km são lomba e poucos trechos planos ou de descida, coisa boa porque estou subindo mesmo. 

ERS-020 - Taquara a S. Francisco de Paula
Nesse trecho da ERS-020 a paisagem vale a pena, o que lamento mesmo é a estrada não possuir acostamento, o que torna a estrada perigosa para quem não está acostumado com estrada ou mal sinalizado.

Apesar do pouco movimento da estrada pude constatar que os ônibus e caminhões ocupam toda a largura da faixa, o que faz um ciclista em mantar-se sobre a linha branca durante a subida e em alguns casos quando possível parar a bike no cantinho de terra e capim que tem ao lado. O asfalto da rodovia é excelente para pedalar com pneus semi-slick ou slick.

Paisagem durante a pequena subida.

Completei a subida da serra em menos de 4h, inicialmente com uma velocidade entre 12km/h e 15km/h e nos últimos 10km, a velocidade caiu para 8km/h por ser o trecho mais ingrime da subida. Parti de Taquara eram 16h, cheguei em São Francisco por volta das 19h30min. Nesse horário, já com o Sol baixo estava começando a fazer frio na cidade, com a roupa molhada de suor, a sensação de frio era um pouco maior.

Av. Júlio de Castilhos.

 Depois de subir carregando 13kg de bagem na magrela, é hora de descansar para o próximo dia de viagem, para as cidades de Canela e Gramado.

O que mais me chamou a atenção em São Francisco de Paula foi o intenso movimento de carros na cidade, nada comparado as cidades da região metropolitana. Muitos carros indo e vindo de um lado para outro na cidade e na noite o baixo movimento no centro da cidade.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Fascinação...

Não tem coisa mais divertida nas estradas do que cuidar as placas de quilometragem nas rodovias quando elas existem. Essas placas são um conceito Físico muito importante que nem nos importamos, são o sistema de referências, nos indicam a posição em que estamos em determinada rodovia, já vi algumas dessas placas com a indicação do estado.

Se observarem bem as fotos no meu perfil na redes sociais de tais placas, são poucas que tiro foto, prefiro de algumas específicas. Mas em 2012 teve três placas especiais que fiz mais que questão de parar para tirar uma foto.

KM 121 - BR290 (Guaíba/RS), em homenagem a turma 121 do CANH em 2012.
Minha turma 121, eles sabem o que são para o professor aqui. Eles sabem que faço questão de mostrar para eles e as outras turma que são especiais. 2012 foi o segundo ano como padrinho deles. Nos veremos em 2013, mas como 131. Será uma turma que terei muita saudade depois que passar esse ano.

Supresas esses ano dessa turma foi numa aula com uma das oitavas (82) que invadiram para dar o presente de Páscoa, coisa que nem esperava. No mês de outubro, durante a aula da 81, quando vi estava a turma inteira dentro da sala para o presente em homenagem ao Dia do Professor.

Essa foto foi feita durante BRM200km Misto da SAC, faltando 26km para acaber a prova. Era mês de junho, inicio do inverno astronômico no Rio Grande do Sul.

KM211 - BR101 (divisa entre Palhoça/SC e São José/SC) - para a turma 211 do CAE em 2012
Uma surpresa no ano de 2012, não tinha pensando em ser conselheiro da 211, pensava que seria da 111. Agradeço a turma 211CAE pelo carinho deles e também como as outras duas turmas, me esforcei em fazer o melhor para eles para não esquecerem o conselheiro que tiveram. Agora no período de férias estou ansioso para vê-los novamente juntos na sala de aula.

No mês de outubro, numa aula de terça a tarde, décimo primeiro e último periodo do dia, sou chamado na supervisão para falar sobre nada! Eles organizaram uma surpresa com uma cesta de chocolates para o chocolatra de plantão aqui e o TUX.

Detalhes da foto: bem da divisa entre as duas cidades, durante viagem de férias de julho, estava indo para Santo Amaro da Impetriz/SC.

KM81 - ERS040 (Balneário Pinhal/RS) - Para a turma 81 do CANH/2012

Foto essa foi para os meus caçulas, a minha maior surpresa foi quando soube que eles me escolheram como conselheiro e meses mais tarde como paraninfo da turma. Essa turma foi a melhor em desempenho acadêmico, um sonho para todo professor, mas também um pequeno tormento quando se falava de décimos de nota, afim de ter uma nota maior. uma turma animada, assim com as outras.

Foi bom ser padrinho deles duas vezes, não terei como esquecer essa turma. No último dia que estive com eles, na formatura, ganhei deles duas camisetas, uma polo azul piscina e outra branca normal de felicitações pelo novo ano.

Detalhes da foto: fotografia foi feira no dia 30/12, já de férias, com eles já formados, com o pé no ensino médio. Mais angustiante era saber onde a placa se encontrava e a oportunidade de ir lá não tinha aparecido, até que um final de semana com amigos resolvemos ir a Cidreira pelo simples prazer de pedalar, a noite toda e em pleno verão com o povo todo indo para o litora. Outra coisa a salientar, sobre as fotos é que nas duas primeiras forma com a Pausini e nessa última com a Olivia.

Abraço.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Subida de Santa Cruz do Sul...


Segunda-feira passada (07/01/2013) sai de Vera Cruz com destino a General Câmara. No caminho, já conhecido, saindo pela UNISC, iria encarar uma leve subida onde o acostamento não existe, devendo andar na linha branca ou muito próximo a ela. O que foi "divertido". Não escolhi o melhor horário para passar por ali, mas também não foi o pior horário, logo após o meio dia.

caminhão voltando para direita após passar ciclista na BR-287.
Minha surpresa ao subir, devidamente sinalizado (um colete) e andando na mão certa conforme o CTB, contatei algumas coisas como o caminhão da foto que fez passou a ocupar a outra pista, passando a mais de 1,5m do ciclista. Ele não foi o único, a maioria dos condutores de veículos foram para a outra pista de rolamento, quando tinha veículos lado a lado, o que passava mais próximo se afastava o suficiente para deixar pelo menos 1m de distância do meu guidon.

 O que mais me chamou a atenção foram os motoristas de ônibus de duas empresas daqui do estado, que acredito eu, devem ter cursos de formação e atualização de condutores e também normas rígidas a serem seguidas. 

A primeira delas mal desviaram desviaram do pobre ciclista, mantendo a sua linha e eu que me espremesse entre a calha da água da chuvas e a linha branca, ainda bem que foram só dois ônibus dessa empresa que dias antes me levou a Santa Cruz do Sul partindo de Porto Alegre.

BR-287 próximo a UNISC.
A outra empresa, que passou por mim três carros, pude observar pelo retrovisor, que mal me viam na minha jornada já iniciavam a manobra para trocar de pista e quando voltavam davam o sinal correto indicando mais uma vez a sua pretensão me manobra. 

O que isso significa?

Simples, cada empresa tem uma forma de lidar com essas situação de avistarem um ciclista na estrada. Que os cursos de formação/atualização são mais eficientes em uma empresa do que outra.  Coisa normal de mercado.

Outra coisa importante nesse dia sozinho na estrada que pude constatar é que os motoristas mal educados que gostam tirar finos de ciclistas são poucos, creio que quanto mais ocuparmos as ruas e estradas, seja a passeio, para o trabalho, viajando ou brevetando (curioso, veja então aqui o site da SAC e aqui) e respeitando o CTB um dia teremos um transito melhor para nós ciclistas.


Abraço.





domingo, 13 de janeiro de 2013

Custos...

Depois de participar do BRM200km de Vera Cruz, deixar a preguiça de lado para escrever fazendo o balanço do custo total, conclui algumas coisas.

Mas primeiro dou os parábens para o grupo do Varzea Bikers pela organização do evento, por dar um suporte aceitável minimo para a prova. Valeu a pena fazer esse Brevet pela paisagem.

Custos da prova:
- Incrição: R$ 35,00
- águas: R$ 6,00 (Posto BR)
- isotônico e suco: R$ 6,50 (PC1)
- almoço: R$ 18,00 (PC2)
- refrigerante e suco: R$ 4,29 (chegada)

Total: R$ 69,29

Comparando com valores de 200km outros clubes
CAPA: inscrição inicial de R$ 60,00, nos PCs havia água (fornecida pela Itati), frutas, malto e barra de cereal, porém o almoço era por conta do participante, algo por volta de R$ 10,00 (massa e refrigerante no PPP), o que não foge muito do valor gasto agora em Janeiro.

SAC: com valor de R$ 70,00 no inicio das inscrições, nos PCs havia água e frutas, nesse o valor do almoço está incluso e também teve a polêmica balsa.

Podemos entender que os valores cobrados pelos clubes são justos pois pelo menos a metade é para suporte direto de hidratação e alimentação dos ciclistas.

Sem contar com o custo de planejamento de rotas e o tempo que se gasta respondendo a e-mails e telefonemas de participantes sobre suas dúvidas.

Antes que alguém atire pedras sobre planejamento, a minha profissão exige que eu faça planejamento frequentemente e estar preparado para imprevistos forçando a uma mudança no planejamento.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

BRM 200km Baixo Custo

Tão logo saiu o calendário dos BRM aqui do Brasil fui dar uma olhada e ver as datas das provas que poderia fazer quando estou de férias.

Minha surpresa foi que logo na virada do ano termiamos um BRM 200km partindo de Vera Cruz e de baixo custo, achei interessante a proposta dele e resolvi ver o quão baixo é esse custo que será por conta de cada ciclista. No caso o que comer, o que beber, resgate e o que mais se espera em um evento organizado será custeado pelo bolso do ciclista na prova.

Bem, pensei em me inscrever para a prova, assim sairia um pouco das provas organizadas em Porto Alegre e conheceria lugares diferntes.

Porém fiquei com algumas dúvidas:
1) Por que algumas provas de 200km são tão caras?
- Lembro que em julho paguei R$ 95 com mais de um mẽs de antecedência, absurdo.
- Provas no Rio Grande do Sul, esse ano, mais próximas da data tinham esse preço, com antecedência o preço foi bem menor, sem contar que a estrutura era bem melhor.

2) Por que as provas são tão caras?
- Pergunta que vamos procurar responder, pois vamos ver o preço da água, barrinha de cereal e o que mais se consumir na prova.
- pelo menos nas provas água nos PC e uma frutinha tem para salvar, nesse neca... só pagando no estabecimento  comercial na estrada.

3) O que cobre o valor de R$ 35?
- medalha, certificado, homologação, cartão rota e seguro. Segundo minhas fontes esse custo não passa de R$ 10.
- Eu sei, tem que pagar a gasolina para a organização ir aos pcs, que serão três.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Eu pensava que tinha farol...

Quando comprei a primeira bike em 04/01/2012 sabia notoriamente que andaria mais a noite que durante o dia, tanto que já adquiri a bike colocando a ilumininação para noite, principalmente os backligth para não ser "invísivel" aos motoristas.



Passados pouco tempo adquiri uma lanterna tática para poder enxerger a noite em lugares onde apenas contaria apenas com a própria iluminação.  São bons iluminam bem porém a bateria dura pouco mais de três horas, usando em modo de luz alta.

Essas lanternas são boas para iluminar, usei bem percebendo que valeu o investimento. 
Lanterna Tática - Force

iluminação da Lanterna Tática a Noite
Quando tive que pegar a estrada a noite, voltando de Araranguá em julho, inverno, com o sol se pondo logo após as 17h30min sabendo que teria pelo menos mais 3h de pedal até Canoas pela Free-Way a noite comprovei bem a eficiência dele no quesito luminosidade. Minha maior preocupação foi as baterias, estava com duas mas não tinha carregado elas e era o segundo dia pedalando e pegando noite na estrada. Mas a bateria não se rendeu até chegar no destino.

Mas passado o tempo de uso noturno em nossas estradas e ruas com calçamento com poucos remendos onde andar de bicicleta as vezes parece mais estar guiando uma britadeira, com essa vibração toda a lanterna começou a apresentar sinais de que está jogando a toalha.

Então chegou a hora de comprar um farol novo e tive a oportinidade de adquirir logo três modelos diferentes da CatEye. Cada um deles com um proposito.

O modelo HL-EL200 (meio) escolhi para aqueles momentos em que luz ainda não se faz necessário para enxergar, esse uso geralmente no modo piscante para dar sinal aos motoristas, serve mesmo para ser visto.

Familia Cateye: EL340, EL200 e EL540

O HL-EL340 (esquerda) servirá para andar dentro da cidade quando não necessário muita luminosidade para enxergar. Na estrada se comporta bem, podendo ser usado com traquilidade em estrada com asfalto liso, o bom dele é a durabilidade de 7h das pilhas AA no modo alto. Pena que com ele não se pode exergar muito longe.

E o HL-EL540 (direita) esse em casos de escuridão total faz a noite virar dia com seus 4000cd, o modelo anterior (HL530) é te 2200cd. Na estrada, em modo baixo, consegue enxergar muito bem a longa distância, pelo menos uns 50m a frente sem maiores problemas. Quando em modo alto consegue definir muito bem o que se tem pela frente.

Esse último fez minha lanterna tática parecer piada até no de luz baixa.

OBS: cd é a sigla de Candela, unidade de medida de Intensidade Luminosa, conforme o Sistema Internacional de Unidades.

Voltando a escrever...

Olivia (direita) e Pausini (Esquerda)
Pausini
Praticamente meio ano se passou e eu cuidando das minhas duas magrelas, sim duas, quatro meses depois de comprar a Pausini, adquiri a Olivia, duas bikes para pegar a estrada e ao mesmo tempo não passar sufoco na cidade.





Olivia
Vamos tentar voltar a escrever alguma coisa sobre ciclismo, as amizades feitas e também das viagens com as Magrelas. Férias também vamos aproveitar para viajar com elas.